sexta-feira, 25 de março de 2011

A américa pré-colombiana


A américa pré-colombiana

Acredita-se que o homem tenha entrado pela primeira vez no continente americano pelo estreito de Bering, talvez já em 35.000 a.C. Existem testemunhos da possível presença do homem já em 20.000 a.C. na região que corresponde ao México atual. No entanto, os fósseis humanos mais antigos - encontrados, por exemplo, em Tepexpan, a nordeste da Cidade do México, e em Lagoa Santa (Minas Gerais, Brasil) - não datam de período anterior a 9.000-8.000 a.C. (embora estas datações estejam mudando nos últimos anos, e datas mais antigas sejam ainda consideradas polêmicas).

A agricultura na Mesoamérica data de cerca de 5.000 a.C., e a produção de cerâmica de cerca de 2.300 a.C. Os primeiros testemunhos de sociedades dotadas de estruturas políticas e religiosas podem ser encontrados no México, nos sítios olmecas, principalmente em La Venta, e nos Andres, em Chavín, ambas datando de antes de 1.000 a.C. Por volta de 1.500 d.C., alguns Estados já mostravam economias e sociedades altamente estruturadas e culturas e religiões extremamente desenvolvidas, como o império asteca no México e o império inca nos Andes Centrais.

Além desses, aparecem 'senhorias' mais ou menos estáveis de graus variados de complexidade, por exemplo, nas ilhas do mar dos Caraíbas e na região circunvizinha, e ainda as centenas de tribos nômades e seminômades na América do Norte, no sul da América do Sul e no Brasil.

A pesquisa sobre a América pré-colombiana desenvolveu-se rapidamente nas últimas décadas do século XX, especialmente com relação à Mesoamérica, e mais recentemente também com referência aos Andes e a outras regiões.

Importantes contribuições para esse conhecimento foram dadas não só pelos arqueólogos como pelos linguistas e paleógrafos, geógrafos e botânicos, matemáticos e astrônomos, e sobretudo, pelos antropólogos, etnólogos e especialistas em etnografia histórica.

Fonte: BETHELL, Leslie (org.). América Latina Colonial. vol. 1. São Paulo: EDUSP; Brasília [DF]: Fundação Alexandre Gusmão, 1997. pp. 1-20.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Do Mercantilismo ao Neoliberalismo


Um poucio de História econômica para variar ....do Mercantilismo ao Neoliberalismo

As praticas mercantilistas, como sabemos, marcaram a política econômica de diversos Estados da Europa entre os séculos XV e XVIII. A partir da Revolução Industrial, o mercantilismo foi substituído pelo liberalismo. A política econômica liberal baseava-se na livre concorrência e na liberdade de comercio e produção. Ao contrario dos mercantilistas, os liberais se opunham radicalmente ao controle da economia pelo Estado.

Atualmente, com a nova revolução técnica e cientifica, o liberalismo cedeu lugar ao neoliberalismo, favorável a uma política de completa abertura dos mercados nacionais ao investimento estrangeiro e ao comercio internacional.

“Menos Estado”, “o Estado não soluciona os problema, o Estado é o problema” ou “tirar o Estado das costas dos cidadãos” são os principais lemas dos neoliberais. Na teoria, portanto, o neoliberalismo rejeita qualquer intervenção do Estado na economia. Na pratica, porem, isso nem sempre acontece. Principalmente quando se trata das relações econômicas dos paises desenvolvidos como os paises subdesenvolvidos.

Na atualidade, o que chamamos de globalização e regionalização se desenvolve sob a inspiração do neoliberalismo. A globalização possibilita, por exemplo, a integração das comunicações e das trocas em escala mundial. E a regionalização, por sua vez, promove a formação de grandes blocos econômicos, como a União Européia (UE), o Acordo de Livre Comercio da América do Norte (Nafta), o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).

sexta-feira, 11 de março de 2011

Diferenças entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial


Trincheiras: recurso usado nos confrontos da Primeira Guerra e depois abolido

A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) tem sido apresentada como uma espécie de continuação da Primeira Grande Guerra (1914-1918). Alega-se que o Tratado de Versalhes, que impôs uma situação de humilhação à Alemanha derrotada, seja o germe do segundo conflito.

No entanto, é preciso considerar que as duas guerras foram muito diferentes. Ambas tiveram a Europa como ponto de partida, porém, enquanto a Primeira se desenvolveu quase todo o tempo nesse continente, a Segunda teve a Ásia, a Oceania, a África e até a América como protagonistas. O Brasil, por exemplo, teve navios afundados por alemães e chegou a enviar tropas para combater os nazistas.

A Primeira foi o ultimo grande conflito que se desenvolveu em campos de batalha. Ela ficou famosa pelos confrontos de trincheiras, nas quais os generais exortavam os jovens a se matarem mutuamente. Já na Segunda, a guerra chegou com toda a intensidade até os civis. Milhões de russos perderam a vida no cerco de Leningrado, Stalingrado e Moscou e em outras cidades soviéticas. Milhares de ingleses, japoneses e alemães também morreram por ocasião dos bombardeiros adversários.

A Segunda Guerra foi, ainda, um conflito de ideologias. O fascismo italiano, o nazismo alemão e o comunismo da União Soviética apresentavam-se, na ocasião, como alternativas às democracias dos Estados Unidos, da França e da Inglaterra. Também marcou pelo procedimento adotado pelos nazistas: eles confinaram e executaram milhões de civis inocentes, entre eles judeus, ciganos e homossexuais. O fim do conflito provocou, de certa forma, a Guerra Fria, que nunca eclodiu.

Fonte: Revista Nova Escola. Ano XXV – nº 238 – dezembro 2010 – Editora Abril - Consultoria Jaime Pinsky, historiador, professor e autor de livros paradidáticos.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Grito da independência - Plágio ou coincidência?



Uma das pinturas mais conhecidas da arte brasileira, presença cativa nos livros escolares, é o Independência ou Morte, do pintor paraibano romântico Pedro Américo de Figueiredo e Melo (1843-1905). O óleo sobre tela de 4,15 x 7,60 metros, pintado pelo antigo aluno da Escola de Belas-Artes de Paris, em 1888, em Florença, na Itália, pertence ao acervo do Museu da Cidade de São Paulo. Lá está como obra número um, espécie de Mona Lisa se considerado seu poder de atrair visitantes para o mesmo espaço.

No entanto, poucos sabem que paira sobre o Independência, conhecido também por O Grito do Ipiranga, a dúvida do plágio. Ou se preferem, a eventual inspiração em uma aquarela feita treze anos antes. Trata-se do 1807, Friedland, de Jean-Louis Ernest Meissonier (1815-1891). A cena do pintor autodidata francês mostra Napoleão Bonaparte e seu estado-maior saudando o regimento dos curaceiros antes de encetarem ataque durante a Batalha de Friedland.
Os soldados de cavalaria equipados com armadura foram peça capital nas vitórias do imperador de origem corsa rumo ao domínio do Velho Continente. Vale lembrar, derrotado no fim da carreira, Bonaparte deixou a França menor do que a encontrou, embora o grandeur não se meça em palmos de terra