sexta-feira, 24 de junho de 2011

Um pouco da história da América

Compreensão do continente americano

O continente americano pode ser compreendido como um local marcado por duas histórias. A primeira delas, ainda pouco explorada, remete-se à compreensão da trajetória dos povos que habitaram e formaram as diversas civilizações e constituíram as primeiras civilizações no continente. A segunda tardia e ao mesmo tempo majoritária, fala de um local descoberto pelo espírito empreendedor dos europeus que “descobriram” as terras americanas no final do século XV.

A partir desse momento de encontro e conflito entre culturas – que ao longo do tempo envolveu europeus, índios e africanos – a identidade do continente americano tornou-se uma grande resposta sem conclusão. Vários projetos e movimentos intelectuais tentaram redigir uma proposta final capaz de trazer um espírito de comunhão ao tão extenso continente. Entre a europeização, o nativismo e a mestiçagem, os debates ainda tentam refletir a condição do americano e sua história.

O chamado “passado colonial” parece justificar diversas questões do presente. A subordinação sócio-econômica, a miséria, a violência e a corrupção são traços de uma perspectiva que traz a subordinação como condição constante nas diversas questões que envolvem o povo americano. No entanto, outros historiadores e filósofos procuram superar esse passado construído a partir de um olhar um pouco mais sensível à forma que conseguimos responder as nossas experiências e desafios.

Recentes pesquisas apontam o continente americano enquanto um espaço culturalmente híbrido. Em certa medida, formamos um caráter próprio de nossos hábitos e instituições. Sem amenizar os problemas enfrentados, essa nova corrente de compreensão histórica abandona a idéia sobre a presença de um “passado colonial” para pensar que o continente americano possui problemas e soluções elaborados de forma autônoma. Dessa forma, a América é um local único que não encerra sua dinâmica histórica na imitação do europeu civilizado ou na pureza do nativo libertado.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O Código de Hammurabi


O Código de Hamurabi empreendeu uma nova experiência na tradição jurídica mesopotâmica.

No processo de consolidação do Primeiro Império Babilônico (1800 – 1600 a.C.), observamos a trajetória que permitiu a civilização amorita subjugar uma grande parcela da população encontrada na Mesopotâmia. Entre os diversos reis que empreenderam a formação dessa estrutura política sólida e centralizada, destacamos o papel desempenhado por Hamurábi, monarca que comandou a Babilônia entre os séculos XVIII e XVII a.C.

Buscando garantir o exercício de seu poder no rico território mesopotâmico, esse monarca decidiu empreender uma reforma jurídica que fixou uma série de importantes transformações. Até o seu governo, as leis que regulamentavam os direitos e deveres dos babilônicos eram transmitidas por meio da oralidade. Ou seja, toda a lei que partia da autoridade real ou traçava as tradições jurídicas da população era repassada de boca em boca.

Muitas vezes, esse tipo de costume abria espaço para diversas contendas e modificações que poderiam ameaçar a estabilidade necessária a um regime controlado por um único indivíduo. Por isso, o rei Hamurabi ordenou a criação de um código de leis composto por aproximadamente 280 artigos devidamente registrados em um imenso monólito, que levava em seu topo um relevo com a imagem do próprio rei. Dessa forma, nascia um dos mais antigos códices de leis escrito em toda história humana.

Em linhas gerais, o Código de Hamurábi foi baseado na anterior Lei de Talião, que preconizava o princípio do “olho por olho, dente por dente”. Dessa forma, podemos perceber que, em diversos casos, as leis escritas por Hamurábi privilegiavam a adoção de uma pena similar ao tipo de crime realizado pelo seu infrator. No entanto, quando estavam envolvidos indivíduos originários de classes sociais distintas, essas penas poderiam ser bastante variadas.

Preocupado com a aplicação das leis em todo território dominado, Hamurábi teve o cuidado de produzir cópias do código que deveriam ser fixadas em diferentes regiões de seu império. Dessa forma, estabelecia um meio de homogeneizar as decisões jurídicas a serem adotadas e, ao mesmo tempo, garantia meios de legitimar sua própria autoridade. Mesmo com o fim do Império Babilônico, percebemos que diversas civilizações se inspiraram nesse importante legado jurídico para organizar seu próprio conjunto de leis.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Doenças na Idade Média


Na Idade Média morria-se de doenças e infecções que hoje são fáceis de curar. A esperança média de vida era de menos de quarenta anos e a taxa de mortalidade das crianças era muito elevada.

Em meados do século XIV, uma doença devastou a população européia. Historiadores calculam que aproximadamente um terço dos habitantes europeus morreu nesta época, seja pela doença, por guerras ou por fome.

A doença fazia parte da vida quotidiana. Para muitas enfermidades não havia tratamento, e os doentes aceitavam que tinham simplesmente que viver com elas. Uma dessas doenças era a lepra, uma doença infecciosa da pele. Os leprosos tinham que viver afastados, por causa do medo do contágio e havia leis que os proibiam de entrar nas cidades. Construíram-se casas (leprosarias ou gafarias) onde os leprosos podiam viver juntos, em geral longe das cidades.

Entre as doenças vulgares para as quais não havia cura contam-se o sarampo, a tuberculose, a desinteria, a difteria, a varíola e a escarlatina.

A mais temida das doenças era a peste bubónica, conhecida por peste negra. Chegou à Europa vinda do Oriente, e manifestou-se pela primeira vez em Itália em 1347. Espalhou-se rapidamente matando entre 20% a 40% da população européia.

Em Portugal, entre fins de Setembro e o Natal de 1348, a peste negra matou cerca de um terço da população. A peste era transmitida pelos ratos e pelas pulgas. Uma das razões da rápida propagação da peste nas cidades era a falta de higiene. Nesta época as pessoas viviam no meio de grande sujidade. O lixo das casas e oficinas era simplesmente atirado para a rua. Só no século XIX se compreendeu devidamente a importância da limpeza para a saúde.

Como os conhecimentos médicos eram pouco desenvolvidos, a morte era certa. Para complicar ainda mais a situação, muitos atribuíam a doença a fatores comportamentais, ambientais ou religiosos. Muitos fugiam para o meio rural com medo de serem infectados.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O papel da mulher na 1ª Guerra Mundial

A mulher e a guerra

A longa duração da primeira guerra mundial e a necessidade de mão-de-obra modificou as relações sociais, os costumes e o papel desempenhado pelas mulheres na sociedade, anunciando tempos de maior igualdade nas relações. À medida que os homens morriam nas trincheiras aos milhares as mulheres precisavam substitui-los.

Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas. As mulheres não foram enfermeiras na Primeira Guerra Mundial, elas só foram trabalhar de enfermeiras na segunda guerra, elas trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas, enquanto os homens lutavam nas trincheiras!

A liberdade entre os sexos aumentara desapareceram as damas de companhia e também, a delicada ignorância e que eram mantidos os jovens de classe alta. As saias curtas e os sutiãs havia entrando na moda antes da guerra. Durante a guerra substituíram, de maneira total, os vestidos longos e corpetes.