sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O Helenismo Grego



O período helenístico é marcado pelo domínio da Macedônia e pela mistura das culturas gregas e oriental.

Após as guerras fratricidas( gregos contra gregos) o império grego ficou bastante enfraquecido. Todas essa lutas ocasionaram a morte de milhares de pessoas, levando ao enfraquecimento político, econômico das cidades-estado gregas. Muitos escravos aproveitaram essa desorganização e fugiram. Esse enfraquecimento proporcionou aos Macedônios a conquista do mundo grego.

O domínio Macedônico
A antiga Macedônia localizava-se ao norte da Tessália. É uma região montanhosa unida por três rios. Suas principal cidade era PELLA. Suas florestas de pinheirais favoreciam as madeiras para a construção de navios e eram ricos em minas de ouro e prata.

Organização Política
Na Macedônia o governo passou a ser exercido por uma monarquia(governo de um só rei). Filipe II foi o primeiro, assim que subiu ao poder redistribuiu terras conquistando os camponeses. Ele também ampliou o exercito, criou uma cavalaria composta por grandes proprietários rurais. Filipe morou em Tebas. Foi nessa cidade grega que ele aprendeu técnicas militares. Quando voltou para Macedônia utilizou as estratégias aprendidas para unificar a Grécia. Foi assim que em 338 a.C. o exército de Filipe enfrentou Atenas e Tebas,derrotando-os e levando ao fim da independência política das cidades-estado gregas. Ele submeteu os gregos a um comando unificado. Sua intenção era preparar os gregos e Macedônios para lutar contra a Pérsia( um antigo inimigo). Porém, ele morreu antes que essa batalha acontecesse.

Império de Alexandre
Com a morte de Filipe, quem assumiu foi seu filho Alexandre III, também conhecido como Alexandre "o Grande". Assim que ele assumiu reprimiu as tentativas de rebelião das cidades gregas, conseguindo assim se fixar no poder. Ele já havia conseguido o poder da Grécia. Foi na batalha de Issus que derrotou Dário III e se tornou imperador da Pérsia. A seguir, partiu rumo a África e a Ásia. Em dez anos, Alexandre e seu exercito conquistaram a Síria, Fenícia, Palestina, parte da Índia e do Egito onde fundou a cidade de Alexandria. Devido a todas essas conquistas militares foi que o famoso Alexandre ficou conhecido como " O Grande".

Herdou de seu pai a habilidade política. Os povos conquistados puderam continuar com suas próprias tradições, religião e cultura. Admitiu jovens persas no seu exercito, promoveu casamento entre soldados e mulheres orientais e incentivou a troca de informações entre os diferentes povos de seu império.

ESSE FOI O PONTO PRINCIPAL PARA QUE ELE CONSEGUISSE MANTER SEU DOMÍNIO, NÃO IMPÔS A ESSES POVOS UMA TRADIÇÃO, UMA CULTURA ÚNICA. DEIXOU QUE ELES CONTINUASSEM SEGUINDO SEUS COSTUMES.

Sua postura acabou estimulando os gregos a conheceram a cultura oriental e difundir sua própria língua.Ele fundou dezenas de cidades com uma certa autonomia, mas ligadas ao poder central que serviam como um mercado de troca econômica e cultural. Alexandre morreu de febre, com malária. Após sua morte não houve mais conquistas territoriais e seu império foi dividido em 4 reinos: 1- Macedônia 2- Pérgamo 3- Egito 4- Salêucia.

Cada um dos reinos ficou com os generais mais velhos. A crise política-econômica desses reinos e o crescimento de novas civilizações levou império de Alexandre ao fim. Os romanos conquistaram a maior parte desses territórios, levando ao fim do período helenístico.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Filosofia e Democracia


A criação do regime democrático possibilitou um interessante debate filosófico.

A filosofia é compreendida como uma das mais importantes contribuições oferecidas pela civilização grega. O tão afamado “gosto” que os gregos possuíam pela sabedoria pode ser considerado como um item que influiu na construção de outros diferentes aspectos desta sociedade. Nesse sentido, podemos destacar como a constituição do regime democrático dentro dessa civilização também pode ser visto como um dado importante no desenvolvimento da filosofia.

Antes do surgimento da democracia, o regime político grego era controlado pelos grandes proprietários de terra. O privilégio e o nascimento eram os critérios para que as instituições políticas fossem organizadas nas mãos de uma minoria. Com o aparecimento do ideal democrático, essa minoria perdeu lugar para a figura de um cidadão capaz de argumentar, fazer escolhas, criticar concepções e defender perspectivas.

Toda essa capacidade exigida desse novo cidadão abriu espaço para que os jovens fossem preparados para o exercício da cidadania. Foi nesse período em que surgiram os sofistas que criticaram sistematicamente os pensadores cosmologistas. Esses filósofos tinham a pesada preocupação de explicar racionalmente as origens do mundo, a personalidade do homem e a ordenação da natureza. Em contrapartida, os sofistas ignoravam essas questões dizendo que o convencimento das idéias era o que importava.

Essa concepção oferecida pelos sofistas ganhou grande espaço no regime democrático, já que as assembléias eram dotadas por discussões onde os cidadãos decidiam a aprovação das leis. Entre os principais mestres do sofismo destacava-se Isócrates de Atenas, Protágoras de Abdera e Górgias de Leontini. Mesmo conseguindo arrebanhar diferentes seguidores, os sofistas sofreram a crítica sistemática de outros filósofos como Sócrates.

Segundo esse filósofo grego, as idéias deveriam contar com um profundo processo reflexivo para que pudessem alcançar um critério de verdade. Por isso, Sócrates convocava os cidadãos de Atenas a conhecerem a si mesmos. O poder de convencer por meio das idéias demonstrava um distanciamento entre os convincentes discursos sofistas e a reflexão do pensamento socrático.

De fato, esse tipo de situação desenvolvida na Grécia Antiga nos demonstra como a instalação do regime democrático e a discussão das idéias promoveu uma interessante etapa no desenvolvimento da filosofia. Mais importante do que saber quais destes pensadores tinham razão, devemos ver que a filosofia não nasce por meio de idéias puras, mas se desenvolve com o auxílio de outras instâncias que promovem o debate filosófico.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Os Gregos e a Democracia



Os Gregos e a Democracia

Nenhum povo do mundo antigo contribuiu tanto para a riqueza e a compreensão da Política, no seu sentido mais amplo, como o fizeram os gregos de outrora. Os nomes de Sócrates, Platão e Aristóteles, no campo da teoria, de Péricles e de Demóstenes na arte da oratória, estão presentes em qualquer estudo erudito que se faça a respeito e mesmo nos mais singelos manuais de divulgação.

Entendiam-na - a política - como uma ciência superior, determinante de qualquer organização social e com inquestionáveis reflexos sobre a vida dos indivíduos. Para Aristóteles era a arte de governar a cidade-estado (pólis). Por não conviverem com estados-nacionais, mas sim com organizações menores, as cidades, para os gregos, tornaram-se o objeto da sua maior atenção.

Como nenhum outro povo, interessaram-se pela administração da coisa pública, envolvendo-se nos intensos e acalorados debates políticos que afetavam a comunidade, manifestando extraordinária consciência sobre a importância e o significado da palavra eleutéria , entendida como liberdade e independência da cidade em relação a qualquer outro poder vindo de fora - num mundo cercado pelo despotismo e pela tirania.

A sua contribuição não se confinou somente ao teórico, pois também legaram os grandes discursos de Demóstenes e de Ésquines que imortalizaram a oratória voltada para a ação..